Samstag, Dezember 30, 2006

Mini retrospectiva 2006

Bem, claro que não lembro de tudo mas vamos aos acontecimentos da minha vida nesse ano:

- A gloriosa briga com Kicila ( minha ex-melhor amiga);
- As conversas magistrais e a ajuda impagável do Eduardo (www.edulevy.blogspot.com) ;
- O calote no Ora Veja (Barzinho e pizzaria aqui do meu bairro);
- O quase coma alcólico que eu tive em Niterói;
- Eu ter desmoralizado vários comunistas e anarquistas na comunidade do Filósofa;
- A bebedeira braba que Mari teve na praça Chico Mendes ( a mãe dela teve que buscá-la e levá-la ao hospital para tomar glicose);
- O reencontro com Lukas Punk no Anime Xpress;
- Meu barraco com um bissexual escroto na praça Chico Mendes, só porque ele disse que para ser elfa, eu teria que ser gostosa ¬¬ ;
- A vinda de Arthur para o RJ (ele mora em São Paulo), foi com certeza a melhor das coisas que me aconteceram esse ano, lindo demais. Foram apenas 4 dias de namoro, mas uma amizade para a vida toda (assim espero). Enfim, ele é um fofo.



São só as pequenas coisas que eu lembro ainda. Vale ressaltar que eu fiquei na prova de verão de Química 1 , mas isso eu não boto em negrito nem que Deus me permitisse ver a morte de Mao. Feliz ano novo à todos que leram e também sofreram comigo.

Sonntag, Dezember 24, 2006

Feliz Natal

Para aqueles que tem a barriga inchada por fome e vermes.
Para os que irão dormir ao relento.
Para os que sofrem e não estão suportando.
Para mim [depois de passar o pão que o diabo amassou eu mereço, né?].
Para o Eduardo, que tem feito de mim um ser humano digno.
Para a Lyanna, por escutar minhas lamentações infantis e por ser tão incrível e fofa.
Para meu filho de consideração, Renan, o qual tem sido meu apoio central.

E para aquele que está fazendo aniversário hoje, não é Jesus Cristo?!
Feliz aniversário Deus.

Mittwoch, Dezember 20, 2006

A profecia de Evellyn

Evellyn, querida amiga de tantos tempos difíceis, você tinha razão. Se lembra quando você me escreveu aquela carta muito fofa, dizendo o quanto gostava de mim e o quanto se preocupava? Eu me lembro de mais uma coisinha que estava escrito nela : "Anna, de tanto você amar quem não te ama você vai acabar não amando mais a ninguém e, jogando um pedaço do seu coração fora."
Amiga querida, a sua profecia está se cumprindo. De tanto eu idealizar algo que não era para ser idealizado, eu acabei novamente nas trevas do vazio. Meu coração não foi jogado fora, foi ignorado e, sem voz se tornou apenas mais um órgão de meu corpo.
De tanto querer ser tudo, acabei não sendo nada. Tentei entrar para a vida, no máximo fiquei na história. Como poderei adivinhar meu problema? As pessoas criam um tipo de alergia eterna a mim e a minha resposta a isso é um desprezo para com todos e uma misantropia absurda. Eu não quero ficar a vida inteira na abstraticidade, eu quero apenas ser a garota mais ambiciosa.

Montag, Dezember 18, 2006

Aneurysm

Eu jurava que ia demorar a postar, mas eu também jurei que jamais fuçaria naquilo e também jurei que as emoções eram um grande nada para mim. Foi quando me deparei com tão poucas palavras, que se tornaram muitas a medida em que eu as repetia para mim mesma.
As mãos estão trêmulas, todos os pêlos eriçados e arrepiados e uma pontinha de dor no coração. Levei as mãos a cabeça, tentei arrancar os cabelos mas perdi as forças. Olhei para as pernas e braços : Brancos, brancos. Tão brancos, por que brancos?! De que cor você gostaria que eles fossem?
Tentei gritar, berrar e espernear que nem criança pirracenta. Mas me calei, diante do absurdo. Mais uma vez! Meu Deus, você me pegou tão bem! Eu caí direitinho, e continuo caindo. Estou tentando transformar a queda em passos de dança, mas estou tão amedrontada! Meu super alto ego tão desolado, que nem eu lendo mil livros de filosofia iria levantá-lo de novo.
Esperem, as lágrimas neste exato momento estão querendo sair. Mas elas não saem, voltam, tímidas até as glândulas e lá ficam. Eu me enganei, me preparei para uma peça sem saber que era um novo drama. Me sinto igual aos personagens de Kafka, porque para eles não têm outro fim, senão o próprio fim.

Sonntag, Dezember 17, 2006

Tem muito sangue no meu álcool

Não, eu não te amo. Eu nem cheguei a pensar nessa possibilidade. Se lembra de quando meus olhos se encheram de lágrimas [tão salgadas e tão pesadas]? Pois bem, era cinismo, draminha estudantil, alto ego atingido e insuperável.
E quando eu te abraçava, meio que agarrando, era somente para sugar sua energia para mim. Quando eu ficava horas te olhando e, falando que não acreditava que você estava na minha frente de forma repetitiva, era para testar meu poder de persuasão. Quando lhe confiei cada centímetro do meu corpo, na verdade era só para sentir que eu podia atrair sexualmente outras espécies.
Essa foi uma das maneiras menos dolorosas que eu encontrei para apagar da minha mente qualquer vestígio seu. A outra maneira é me embriagar em qualquer bar, até o garçom sentir pena de mim, me levar ao banheiro
e me ajudar a vomitar.

Samstag, Dezember 09, 2006

O inseticida

O vento empurrou a mariposa contra a janela. Era tão pequena, suas asas tão leves que a fazia flutuar com uma ligeireza incrível, mas essas mesmas asas a arrastavam pelas paredes do quarto, tão claro para aquela hora da noite.
A menina a viu, olhou, sentiu os barulhos agudos das asas da mariposa. Os olhos da menina seguiam-na hipnoticamente, como num seguimento sem fim. " Tão pequena, mas um dia me incomodorás, melhor cortar o mau pela raíz!" - disse a menina para si mesma e chamou sua mãe.
A mãe entrou com o inseticida entre as mãos e começou uma perseguição cruel contra a mariposa. A mãe ia jogando-lhe veneno sobre as asas e o ventre, a mariposa queimava entre as baforadas do veneno. Até que o inseticida acertou em cheio a mariposa, que caiu, ainda se debatendo sobre a asfixia que o inseticida lhe causava, sobre o chão.
Morta, como um inseto, como devia ser. As moscas vivem 24 horas não por causa da bosta que vivem rondando e sim, por causa do inseticida que nada mais é senão um homicida sem culpa, nas mãos de um humano, assassino cruel e frio. Não invadam quartos, não rondem a bosta, os humanos vão te matar!

Montag, Dezember 04, 2006

Escolha Errada

Eu juro que quase chorei hoje por culpa de uma prova de Química estúpida. Se eu não tivesse lembrado antes que essa história de " senhora chorona" é coisa de um passado não muito distante, porém enterrado, juro que teria caído em lágrimas. Mesmo tendo esquecido imediatamente das lágrimas, fiquei mal. Meu estômago embrulhou e meu sangue gelou de tal forma que o sol da manhã queimava a minha pele pálida macilenta e eu mal sentia algum calor.
Depois tive a péssima idéia de entrar na internet. Para quê?! Me respondam seus biltres! Para quê diabos eu fui entrar em uma coisa que só tem me trazido dor de cabeça?! Porque eu sou uma anta! Mentira, eu não sou uma anta. Aliás, óbvio que eu não sou uma anta, porque mesmo que eu tenha tirado uma merreca de nota em Química eu continuo sendo um intelecto brilhante [pelo menos eu acho,tá].
Para completar a minha desgraça, fiz uma promessa de até certo dia não beber nenhum tipo de bebida alcólica. E eu estou cumprindo. Agora como poderei amenizar meu despeito, minha raiva e minha amargura? Dessa vez não há resposta. E é tanta raiva de mim mesma por não ter sido sábia o suficiente para controlar as coisas que eu mal posso ver um palmo a minha frente. Sinto-me como Édipo ao descobrir que comeu a própria mãe porque seus pais incopetentes não souberam interpretar a mensagem do oráculo.
Garganta fedendo a nicotina e alcatrão, 0,08 mg não é? Há meses que eu desconfio que uns eczemas na minha coxa direita podem ser algum tipo de câncer, e estava até então desesperada. Hoje, sinto que a quimioterapia poderá ser a minha coroa de espinhos e não dando certo eu poderia descansar em paz. Já não tenho mais ao que me agarrar mesmo, engraçado, não tenho ao que me agarrar mas tenho a quem agarrar. A diferença crucial é que, é dramático e melancólico demais a primeira opção.