Montag, Juli 21, 2008

" Será que vai explodir?!"

Foi o que eu disse em pensamento enquanto fumava meu último cigarro naquela calçada suja. Com uma das mãos no peito, olhos vidrados no desespero de olhar tudo como se fosse cenário de algo que não é real. Doía muito.

Freitag, Juli 18, 2008

Eu fingi na hora de rir

O que fazer com o sorriso que entrepôs todas as lágrimas? E de tudo fica a sensação de ter sido lida como um livro, interpretada e editada para um novo ser.
Respondendo a minha própria pergunta, talvez sirva para usar na hora do purgatório, no item " como não procriei". Porque é óbvio ululante que dessa vez meu ego não teve nada a ver com o despedaçar de nada. E ainda escapa do estômago uma verdadeira ânsia, que veio do desgosto absurdo de como o tempo transforma tudo ao nosso favor na época em que não são mais nossas. Época em que toda vontade inexiste. Mas, voltando a parte do "purgatório": eu tentei, meu Deus, como estou tentando!

Dienstag, Juli 01, 2008

Como o Dimmy já dizia:

" Vou ter que voltar a cheirar clorofórmio!"


E a minha vida se precipitou diante de mim. Virou-se e deu um sorriso de quem já foi tarde. Arrastando-me, tentei alcançá-la, mas ela continuava sem mim, como se em todo meu esforço-fracasso ela necessitasse encontrar outra que fizesse sentido ao seu nome: Vida.
Quando olhei para trás, todos punham a mão na cabeça e diziam: " Meu Deus, era a sua vida, menina....Era a sua vida!". Todos eles esperavam que eu fizesse algo a respeito, mas havia mais abnegação do que vontade em mim.




Fica o poema que foi recomendação da Lyanna:

"Não tem nome de amor. Nem se parece a mim. Como pode ser isso? Ser tenro, marulhoso. Dançarino e novo, ter nome de ninguém. E preferir ausência e desconforto .Para guardar no eterno o coração do outro. "

Hilda Hilst