Freitag, Oktober 31, 2008

"Come away, Oh human child..."

É, daquele filme. E ressuscitem em suas memórias o menininho debaixo de um balde de ácido berrando: " Não me queimem! Não me queimem! Eu sou um menino..."
Mas não cabia a ele escolher o seu fardo, aliás, o problema era não ter fardo. Talvez eu me pregue debaixo de um balde de ácido também e berre, talvez. Mas berrar seria admitir e admitir não está nos planos, nunca está. Ou ainda, talvez minha fada azul seja fada verde ( alusão ao absinto, caso alguém desconheça a expressão).

..."For the world’s more full of weeping than you can understand."

Sonntag, Oktober 19, 2008

Absurdo

Eu apertava o cigarro entre os lábios meio secos enquanto olhava o cinzento-azul do céu. O filtro amarelo estalava sutilmente na boca a cada massiva tragada, e eu pensando sobre como até a chuva tinha preguiça de chover. Algumas gotas caíam, a maioria delas parecia querer ficar escondidas nas nuvens carregadas. Agora não temos nem mais a certeza de quando abrir o guarda-chuva.
Precisam-se de pessoas-paracetamol ( alívio imediato! - como diria a Ly), e não pessoas-antibiótico. O paracetamol demora tão pouco tempo para anestesiar e tanto tempo para deixar a dor voltar... Os antibióticos destroem o estômago, demoram a agir e podem não fazer efeito dependendo do grau da doença. Sem levar em conta de que se mantermo-nos com paracetamol o corpo pode reagir por si próprio e os males ficarem para trás.
Então, olhem no espelho e digam: " Eu te amo." O efeito da frase saindo de si ou de outrem não muda muito. O que dá significado à frase não é a ênfase com que é dita, e sim as ações que derivam desta. E para cada ação derivará uma reação de mesma direção e sentido contrário que será o significado da replicação: " Também te amo." Física pura e analogia biológica. O que de fato não muda muito o rumo que tudo toma.

Montag, Oktober 13, 2008

O domingo mais domingo de minha vida

Acordei bocejando com os olhos ainda embaçados pelo sono, mas quando a luz matinal entrou pelo quarto dei um pulo. Andar, andar pela casa até ir ao quarto de mamãe e ir ver se o resfriado tinha passado. Não passou.
Aconcheguei-me ao colchão, fiquei olhando e forçando um sorriso. Mamãe olhou-me dura e soltou um : " Agora só restam mais duas chances." Nariz vermelho, olhos escorrendo e o recorde de em menos de cinco minutos depois de acordada começar a chorar e a doer.