Sonntag, Dezember 30, 2007

Os lamentos fanfarrões

Não se contentam mais em apenas alisar franjas ou pintar os olhos para fingir as densas olheiras. Agora o novo cliché a nova "onda" da estação são os lamentos imperecíveis, daqueles que fazem os filmes água com açúcar cults parecem cheios de mensagens subliminares de até 4º grau.
Um indíviduo usa-se das medíocres aulas de descrição/narração que aprendeu muito mal na escola e descreve como se estivesse na própria cena que inventou, um lugar simples, com glamour decadente, achando-se o desgraçado do momento, o grande Gatsby! Quando na verdade mal sabem o que é um rabo de galo ( se quiserem saber, peçam em um balcão de bar), ou, nem mesmo sabem acender um cigarro. O que critico não é o indivíduo não fumar ou beber, mas quem não se utiliza de pelo menos um desses artifícios realmente sabe o que é estar nesses lugares de glamour decadente?! Obviamente não. E isso enxe o saco, até não poder mais e cria uma superávit de amolações emocionais falsos, imaginários-abstratos.
No fim, pessoas como eu e vários outros amigos que vivem ou viveram em desgraça, estiveram em bares imundos e nas situações descritas por esses losers, acabamos nos vendo descritos por seres que estão escrevendo sobre a desgraça alheia e recebendo todos os aplausos. Talvez daí significará a expressão "rir da desgraça alheia".

Donnerstag, Dezember 27, 2007

Assim, sem nada

- Mas quando a noite chegar e você chorar...
- Eu não choro.
- E quando você se sentir sozinha...
- Eu sou misantropa.
- E quando você se sentir...
- Não, não e não! Eu não sinto.

Montag, Dezember 17, 2007

Para a causa dos desalentos e dos marionetes

Não, vocês não fazem idéia do que é dor ou crueldade, meus baratos. Isso, porque crueldade e dor não estão em refis à disposição em todos os supermercados ou então em chapinhas a R$19,90 no puxadinho da cidade ou ainda em make up's mal-feitas.
Dor e crueldade são palavras que não se limitam a fins de relacionamento com sentimentos profanos, são sentimentos que se perdem à proporção do entediamento e inércia que causam ao ser dolorido. Mas você por acaso sabe o que é sentimento, choldra?! Sabe, e sabe porque é idiota. Idiota o suficiente para achar que o real não é real, que tudo é refutação abstrata, que tudo vai voltar para o devido lugar, que coração tem correntes quando na verdade sabemos que ele bombeia sangue muito de má vontade, pois depois pára e você precisa por uma ponte de safena.
Não adianta dar tudo o que tiver que dar ( e até o que você nunca terá para dar), certas coisas não dependem de destino ou esforço. E acaba assim, a garota aqui a qual você não consegue escrever igual e nem falar como ela (eu), acaba ficando com o que você tanto quer e não vai ter de volta. Porque é isso o que acontece com os genéricos e com os (as) quebrados(as).
E malditos, mil vezes malditos, os blogueiros medíocres que tentam disfarçar com frases de efeito tiradas do google o que não pensam, mas sentem ( os idiotas!).

Dienstag, Dezember 04, 2007

O novo mendigo na rua

O sol escondido atrás das nuvens cheias e cinzas tentava luzir em meus olhos. Na calçada do condomínio me deparo com a criatura. Já idoso, sentado na calçada e com uns olhos tão meigos e piedosos que não saiu mais da minha cabeça.
Eu acho que o novo mendigo da rua conquistou meu coração. Isso mesmo. Arrebatou-me violentamente. Simplesmente não consigo evitar de chorar toda vez que passo por ele. Aqueles olhos...Meu Deus! Aqueles olhos!
Na semana, já não estava mais na calçada. Logo no dia que eu decidi prontamente ir comprar-lhe um lanche na lancheria da rua, ele já não estava lá. No lugar da calçada que era seu, um brioche e um copo de café largados. Entretanto, não foram largados de má vontade, apenas deixados lá como se ele agradecesse e fosse voltar. Só espero que ele tenha voltado para casa, ou, encontrado algo melhor para se hospedar. E que a desgraça caia sobre outras cabeças, e que rolem, e que essa coisa de destino-maktub-estava-escrito-por-Alah vá para as favas. Porque quem merece o que merece não são idosos de olhos meigos...Aqueles olhos!