Donnerstag, November 30, 2006

I'm so tired. I can't sleep.

Sete horas diárias de estudo em casa. Isso mesmo. Não tive como escapar das provas finais e estou pagando todos os meus pecados com essa semana em que todos os dias eu tenho pelo menos três provas.
Morro de sono, calor, cansaço e saudade.Hoje, finalmente consegui uma brechinha para poder entrar nos meios de comunicação e não me arrependi. Falei com quem queria falar e meu coração voltou a ser cor de pedra meio molengo (porque ele não é totalmente de pedra). O problema todo era eu poder aceitar o fato que nem todo mundo quando ama é esquizofrênico - fanático que nem eu, eu já entendi isso e está tudo em ordem, obrigado.
Andei refletindo sobre tudo que eu e Renan andamos fazendo. Nós já levamos trocentas pessoas para o buraco sem ter culpa. Percebi que temos o dom da influência. Mas dói quando vemos, a destruição quase completa ou semi-completa a que submetemos certas pessoas (juro que sem querer). Duro vermos crianças se tornando vulgares, quase repugnantes, mas nessas horas eu respiro e fundo e digo : "Não foi culpa minha, bem-vinda ao mundo real, Anna."

Sonntag, November 26, 2006

?!

Assim sem título, talvez uma terrível dúvida. Fui fazer a visita diária a minha página de orkut "vip" e tive uma surpresa.A surpresa eu não vou contar [me faltam palavras o suficiente para ocultar o que eu realmente quero dizer ] mas foi incrível como eu liguei uma coisa a outra.
Se lembram do vazio que eu senti a semana inteira? Eu vivia reclamando que não conseguia expressar.Pois bem, esse vazio foi expresso em páginas de orkut, mas não por mim.Agora que meu vazio foi representado resta a decepção - comigo mesma - de não ter parado antes que o vazio transformasse tudo. Ou quase tudo.

Donnerstag, November 23, 2006

Conseqüência

Ação e reação totalmente puras.Mal humor cretino misturado com carência, resultado : brigas bobas [não tão bobas que não possam me prejudicar]. Saio enfio o pé na cachaça (sempre ela...), volto aos velhos tempos em quase tudo e, o que recebo?!Ego enaltecido pelo fato de já saber me defender com palavras.
Engraçado, é tão fácil destruir a auto-confiança de uma pessoa só com uma frase...Você diz e logo ela se sente uma das piores pessoas do mundo. "Ainda bem que não fui eu quem escutou!" - penso. E o mais engraçado é que o que me destrói é não escutar frases , não as ruins claro, mas as que me moviam ao infinito chamado amor.

Dienstag, November 21, 2006

Parabéns para mim

Dezessete anos, um passo muito pequeno eu eu estarei na idade adulta já estando na condição de adulta.Estou tentando - a todo custo - fechar com chave de ouro essa fase, que era para ser a melhor, da minha vida.
Recordo (lembrar nunca, porque quem lembra esquece), quando eu contava os dias para o meu aniversário, ansiosa para a minha mãe me dar de presente a boneca do novo comercial de televisão.Recordo também de forçar a minha mãe a comprar miojo, mesmo odiando miojo, só pelo fato de o comercial mostrar que miojo era uma delícia!
Hoje não consigo sentir os anos passando, só sei que passam quando vejo as rugas precoces aparecem na face [trabalho árduo de anos de estresse e depressão], ou então, quando recebo o último boletim do ano na escola e vejo que passei.Estranho...Antes eu não aspirava passar de ano, sabia que não faria diferença, pois tudo que sei não aprendi na escola.Mas agora, eu necessito receber o boletim com a escrita : Aprovada.Resultado de apego humano (sempre ele!).Parabéns para mim!

Samstag, November 18, 2006

A Ponta do Nariz

"Nariz, consciência sem remorso, tu me valeste muito na vida..." (Machado de Assis).
Passei a semana inteira a olhar para a ponta de meu nariz afim de encontrar a luz interior.Não encontrei a luz interior, mas encontrei indiferença e auto-suficiência.A sensação de "eu não ligo" substituiu a de " eu vou morrer se você não me amar".Estou agindo como se estivesse fazendo um trabalho de escola, faço a minha parte e mando o resto do grupo ir se foder[normalmente acrescido de um "eu não preciso de ponto nessa matéria"].
Lembro-me de uma das últimas vezes que me senti bem.Estava urinando na rua e, tinha uma "valinha" de cimento.Eu direcionava minha urina dentro dessa "valinha" e ele ia como um córrego.Levantei repetindo para mim mesma :"Eu também posso mirar!".
Agora me resta repetir : "Eu posso ficar sem você."

Montag, November 13, 2006

November Rain

Ninguém escapa a chuva fria de novembro.Milhares de tumores negros vão tomando conta da minha anatomia interna.Alguém poderia, por favor, comer meu câncer?!

Sonntag, November 12, 2006

O fim de semana vazio menos dramático da minha vida

Todos sem exceção em alguma festa ou bar e eu em casa sem absolutamente nada para fazer.Abri Afinidades eletivas de Goethe, para ler mas depois de uns 3 capítulos cansei.
Fui correndo a locadora e meio que salvei o fim de semana com Jogos Mortais 2, minha mãe assistiu comigo.No fim do filme ela fala :" Como você aguenta ver esse tipo de filme?".Resposta: "A faixa etária era para 16 anos mãe."
No dia anterior uma discussão com ela sobre eu viajar á São Paulo também rendeu.Ela não quer, eu não faço idéia do por quê, que eu vá a São Paulo.Está certo que eu vou mesmo é para ver o Arthur, mas ela me mandar esperar até os 21 anos é de esquentar o sangue de qualquer um.Diante de zilhões de palavras dela, uma frase a derrubou : "Você prometeu mês passado que eu ia."[Dito friamente sem nenhuma alteração na voz].Ela se calou.
Ganhar uma discussão contra sua própria mãe é algo de elevar o ego, e eu descobri isso sozinha.

Dienstag, November 07, 2006

Ser uma leitora compulsiva dá lucros.

Aula de redação, a professora corrigindo prova por prova até que chega na minha redação.Olha, lê tudo , põe um comentário no final e diz: "Você evoluiu muito nas suas redações!".
Eu leio de forma tão compulsiva que ás vezes me pergunto porque leio tanto, ou, acho que não leio o suficiente.Quando eu escrevo, ponho para fora toda a confusão e lamentação que há aqui dentro, mas aqui não há nada!A minha dor não vêm do coração e sim, dos ossos.Me sinto tão alheia a tudo que ás vezes mal consigo respirar na dúvida de ser realmente merecedora do oxigênio.É uma humildade que se mistura com uma arrogância cruel e treinada.
Passei a minha vida inteira na luta contra sentimentos idiotas e tive como recompensa finalmente, a minha indiferença perfeita.Só que essa indiferença se tornou insuportável, cansativa e ao mesmo tempo acolhedora.Porque toda vez que tentam quebrar meu coração, eu simplesmente não ligo - talvez por não ter um - e isso me deixa pior do que se eu tivesse um.Antes a melancolia amorosa do que esse saudosismo que faz as veias cerrarem, o corpo amolecer e o cérebro entorpecer.E é o que acontece quando quebramos nosso coração, inalamos a cola para colá-lo.
E então...teremos uma ressaca!