Mittwoch, Februar 06, 2013

Weihnachten, Silvester und Amsterdan

  Com toda a licenca do mundo para compactar tudo em um post, visto que o nível de preguica tem sido maior que a quantidade de novidades por aqui. Entao, a fluencia no alemao anda batendo à minha porta. Foi assim: acordei e respondia aos meus amigos apenas em alemao. O "aham" virou "ja", o "claro" virou "natürlich" e o "tchau" virou "tchü" acompanhado de dois toques com o punho na mesa (isso é mania dos velhos dos pubs daqui que eu peguei, rs).
  O Natal foi imensamente lindo e cansativo. Fui para Erkelenz (cidade que fica há mais ou menos uma hora-uma hora e meia de Schiefbahn) encontrar a Paula e lá passar a noite com a Gastfamilie dela - que é um amor! -. Na Bahnhof entro apressadinha, porque confundi Busbahnhof com Bahnhof, recebi um "ZUG!!!" no ouvido do motorista do onibus (zug = trem) e tive que correr para pegar o trem. Nessa correria acabei nao conseguindo pagar o ticket e entrei assim mesmo, na cara dura. E é nessas horas que a sorte dá uma das maos a vida e comeca a brincadeira com a Ana, né? Pois é, um fiscal entrou no trem. No mesmo trem que a Ana tava, sem bilhete. Andou, andou. Olhou pro meu corredor e subiu as escadas. Minha estacao chegou e eu nem sabia como se respirava mais, rs. Antes da ceia fomos à igreja assistir a uma missa para criancas. Tao-tao gracinha! Atencao para o momento em que cantamos Stille Nacht (Noite Feliz); foi de uma beleza que comoveu e marcou, sem dúvidas, um de meus Natais por aqui.
  O Silvester conseguiu ser mais gracinha que o Natal. Estava já convencida de passar sozinha em casa, cozinhando alguma coisa e vendo uns fogos murchos pela vizinhanca, mas...eu tenho o melhor namorado do mundo, minha gente! Daqueles que dizem um nao sonoro aos amigos que estao te chamando para uma festa e vai cozinhar para a namorada e fazer declaracoes no ouvido dela na virada para 2013. Nao vou nem mais jogar na loteria, porque a sorte bateu o pé decidida dizendo qual das opcoes queria, rs. Dormimos. Bracos em bracos. Prontos para acordar em um novo ano.
  Amsterdan comecou com uma energia certa de pagar apenas 9 euros pela passagem e inacreditáveis duas horas de viagem. Fiquei pasma como em tao pouco tempo cruzei um território estrangeiro, e cruzei cheia de amor porque adoro a Holanda e sentia falta dos mil canais, croquetes e ruazinhas estreitas que tem por lá. A falta de escutar o idioma persistiu, pois em Amsterdan tem mais turista do que holandes: fato! Foi uma viagem de pouca festa e muita estadia na koffieshop. Para nao dizer que nao saímos: fomos a um clube muito esquisito no qual nao ficamos nem cinco minutos (nao, isso nao foi uma forca de expressao), devido a redoma de gente esquisita e clima bizarro que estava por lá. Também teve visita a casa da Anne Frank, que preencheu a parte cultural da viagem, já que minha pobreza nao permitiu pagar 17 euros para ir no museu do Van Gogh e do Rembrandt, fica para próxima, promessa. Duas fotos para fazer um pouquinho de ilustracao:

Depois do almoco de domingo, as maos congelavam.

Casa da Anne Frank: entrada.


Visao panoramica da ponte.

 
 Em marco mudo de lugar. Ninguem, nem ao menos eu, sei para onde vou me mover agora. Pode ser há 10 minutos daqui, pode ser para o sul, para a capital, para o leste, niemand weisst. Me sinto feliz por nao ter lugar fixo no mapa ainda e ter essa possibilidade, no grau mais literal dessa palavra. As saudades do Rio persistem. Ontem lembrei-bonito dos domingos em que a Ju sempre ia na minha casa assistir filmes. Era uma época de todo domingo nos encontrarmos com salgadinhos, biscoito, refrigerantes e dois dvds: um de drama e outro de terror. Lembrei desses domingos assim, em sépia, e a saudade abriu seus olhos imensos. Hoje é um dia de neve em Schiefban. De neve, chuva, céu cinza e céu azul.