Montag, April 28, 2008

Então,

mostrar-lhe-ei com quantas desilusões fazem-se cacos de coração.

Sonntag, April 13, 2008

O sábado ensolarado triste

Era um sol escaldante. Termina de fazer a curva com o delineador dos olhos e sai. Pelas ruas, pessoas voltando dos shoppings. Talvez cinema. Talvez, a compra de um novo eletrodoméstico. Tanto faz.
E chega-se ao bar de sempre, cumprimenta-se o dono - freguesa assídua, de chegar ,sentar e o garçom já saber até a marca da cerveja que deve descer - e senta. Uma, duas, 6 cervejas. Ainda é pouco, toma-se muito mais na esperança de se afoguear um pouco. Tira o milésimo Marlboro para fumar, mas o clima lá dentro é tão abafado que tem-se que ir para fora acender o cigarro e fumá-lo.
Falta alguma coisa, todos estão quietos. Aliás, eles são o único grupo jovem dentro do bar. O resto são apenas pessoas mais velhas vindo de suas casas tomar algo e assistir ao futebol, eles devem pensar : "Tão jovens, velhos fígados". E nas ruas, apenas proletários agradecendo por ser sábado. Fora isso, as ruas estavam completamente vazias e quentes.
Tomar banho e conversar com amigos de muito longe, tão longe...longe....longe... Talvez não fossem tão amigos e tão queridos se não estivessem tão longe. Talvez. E acordo no domingo, assim, beijando os ares e sorrindo à janela. O sol chega a ofuscar minha retina. A cidade toda iluminada pelos raios, tão quente. Ficou a promessa de se livrar do Marlboro e de todos os cigarros existentes. A reabilitação nunca dá certo.




Você fez uma ferida enorme... E eu ando com ela por aí. O peito esmigalhado, mil tecidos rasgados. Com o nariz ainda exorbitante, como se fosse sã. O vento bate na ferida e arde, mas cerra-se os dentes e a vida continua a prosseguir. Como se eu não soubesse que o que eu não admito, você sente, de todo coração. E o medo não é da minha reação, mas da tua. Medo de cair de joelhos e rezar por mais manchas do meu batom vermelho.

Dienstag, April 08, 2008

Delirius tremens

Trancou-se no banheiro. Mal fechou a porta e caiu estarrecida naquele azulejo liso. Como conseguiria se reerguer se azulejos são lisos e suas mãos além de não serem aderentes, estavam mortas e trêmulas?
Abraçava as costas com as mãos, mordia os lábios como se estes atos fossem fazer a ansiedade parar. Saiu e jogou-se na cama imensa e desarrumada. Cabelos desgrenhados, banho não tomado e mãos se torcendo. Esfregava seu rosto nos lençóis, mordia-se mas aquilo não passava. Foi quando teve a certeza de que se a bebida não lhe tinha deixado louca, provavelmente a sua falta a deixaria.

Freitag, April 04, 2008

A culpa é toda da Ludy!

- Anaaa! Acha aquela foto sua tomando sorvete?
- Por que?!
- Porque eu ADORO ela!

E lá fui procurar a tal foto, não achei, entretanto, me deparei com um post de muitos meses atrás. Li o post, li o comentário abaixo do post. Os olhos começaram a fica pesados, as graças do rosto a enrubescer... Os lábios se apertaram e logo todos os sintomas de algum sentimentalismo no maior estilo "contra-reforma" desapareceram. Mostrando o post a Ludy:
-Nossa, que lindo! é pra chorar mesmo.
- Eu juro que tentei...
- Ana engraçadinha, humpf.

Donnerstag, April 03, 2008

E a verdade bate na cara

Meu Deus, como fui usada. E usada com um largo sorriso de orelha a orelha e ainda, pedindo por mais, "por favor".

Dienstag, April 01, 2008

O que é um humano?

Babador de ovo estratosférico. Ou, blasè enlatado ou ainda blasè mistificado. A parte do mistificado é porque os outros acreditam que é mas não é, porque não quer ser, só.