Montag, März 30, 2009

Pashernate love

"Meras tentativas nós. Mas doces." (C. F. Abreu)


Você só falava anencefalias. Você costumava morrer de rir de tudo o que eu dizia, ou seja, eu sentia que não era apenas uma intelectobostinha cheia de sarcasmos. Você brigava por tudo: pelo meu time ter ganho do seu, por ciúmes do Fabz e tudo o mais. Você sempre foi um bebê chorão, quase um menino-moça.
Você acendia cigarros da marca que eu fumava só para tentar aparecer para mim. Você odiava a gramática, porque sabia que nunca ia escrever como eu. Você me fez querer ter uma família: sete filhos e um carro do comercial da televisão ("A primeira tem que ser uma menina bem sapeca, Ana!"); e só Deus sabe porque eu achava aquilo tão bonito.
Você morria de vontade de berrar aos céus o quanto me amava, mas ficava receoso de que eu o achasse um pândego. Você reclinava a cabeça no ônibus e pensava numa forma de me abraçar logo, e disfarçava o choro, para que o passageiro ao lado não te achasse um maricas. Você fez com que o foco deste blog fosse de mim para você, parabéns!, conseguiu por um minuto quebrar meu egocentrismo. Você dizia que eu era a mulher da sua vida, um sonho e pior: ainda o diz. Você não acreditou nem por um momento que eu fosse capaz de qualquer ato sórdido, mas quis crer, talvez assim conseguisse me esquecer. Anyway, você ainda é um fenilcetonúrico após a ingestão de muito aspartame.

2 Kommentare:

Steph Ciciliatti hat gesagt…

Ai Dus, eu sempre acho que voce esta prestes a fazer loucuras quando eu leio esse tipo de post.
Nao morre, egua! Tens que vir no meu casorio antes, ok.


Anonym hat gesagt…

Nao morre, egua! Tens que vir no meu casorio antes, ok. //²