Samstag, Februar 07, 2009

There's the light that never goes out



São 17:21 e eu estou terminando de pintar as unhas de vermelho. Não sei que orgulho é esse de boêmia que não me permite ficar sentada no sofá de casa vendo tv, ou ainda, esparramada na cama de mamãe folheando algum texto. Acho que é porque o dia está quente como há muito não era. Mentira. Mesmo que as ruas estivessem encharcadas, mesmo que houvesse uma grande enchente, eu estaria me descabelando para beber e fumar algo.
Provavelmente, vou me atirar como louca na pista de dança e depois passar o resto da noite sentada - na cadeira mais distante, fato - terminando meus últimos cigarros, e deixando apenas um para fumar de manhã antes de voltar para casa. Já passou da hora de me arrumar, ainda estou nas unhas vermelhas e meu delineador acabou - gastei metade do delineador escrevendo uma carta-. E uma carta que nem mandei. Pra ficar bonito. Porque nosso final é feliz-triste-com-uma-cereja-em-cima.
Agora são 20:02, estou terminando de puxar a meia preta até a cinta-liga. Pronto, abaixei o vestido e calcei as sapatilhas. Não vou passar batom, os olhos estão pretos demais. Vou comprar dois maços de cigarros e ainda vai faltar cigarros para mim. Que o meu pulmão padeça, então.






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