Dienstag, Januar 20, 2009

Outro pecado

Andar, andar, escovar os cabelos, parar na cama de mamãe abraçando os joelhos sem vontade de acender a luz. Ver os prédios iluminados - através da janela- se transformarem em uma mistura de cores enquanto as próprias pestanas tentam tragar as lágrimas.
Tentar fazer um cego enxergar foi o limite da minha arrogância para com os céus. Ou inocência-boa-vontade minha. Ou ainda, tentativa malograda de usurpar Jesus. Porque o único que fez um cego enxergar acabou na cruz, não? E eu nunca, nunca poderia fornecer perdão ou abraços. Jamais conseguiria receber o beijo de Judas já sabendo previamente o que ele tinha feito. Penso que jogaria a primeira pedra em Maria Madalena, espalmaria minhas mãos ao ar para proferir maldições aos romanos.
É muita arrogância, é muito peso. Que venha um tempo de doçura.

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