Donnerstag, Mai 27, 2010

Sujando Caio

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Já fiz um texto aqui reclamando uns absurdos com o Caio. Tanto faz, minha vingança foi você cair na boca lamacenta da galera whatever. A foto acima foi tirada minutos antes da prova de Morfologia, ando gostando de Morfologia, apesar de ser melhor em literatura do que em gramática. Agora descobri que meu forte é literatura russa. Povo forte, sofrido, miserável e sonhador. Tá, problema meu se vou prestar vestibular de novo para letras-russo na UFRJ e me cansar mais do que já me canso, e fumar mais do que já fumo fazendo só uma faculdade. Cigarro é uma despesa idiota, bebida também. Eu não fui ver o filme sobre Perseus (só ia ver pela Medusa mesmo) e parei no bar de onde não saí tão cedo. Dê adeus à dignidade, pobre fígado.
Por falar em dignidade tenho visto coisas vergonhosas. Assim, eu ponho a culpa no álcool, e é uma culpa verdadeira, mas há quem faça sóbrio. Acho perda de tempo e de senso crítico montar um espaço para imbecis. Dá desespero, sério. Blábláblá. Blábláblá. Ninguém sabe mais prestar homenagens bonitas. Até as demonstrações de amor são puramente egoístas, não é uma questão de fulano, é uma questão sua; aliás, é uma questão minha, para mim. Tanto faz, vai tudo cair em meus ombros; imbecis costumam achar digno e bonito ações mais imbecis ainda providas de outro imbecil. Que cansaço. Que cansaço. Que can-sa-ço!
Minha nossa, é surreal como as coisas voltam. Senti o mundo totalmente limitado e redondo agora. Como pode? É inexplicável, sempre o foi. E Caio sempre alimentou, o maldito (bem feito!, caiu na boca da patuléia!). É extra-surreal, na verdade. É absurdo. E vendo aqui, ain, péra... nossa, que saudade. É essa a palavra exata, saudade. Como o Drew vendo o Mitch morto no caixão e tentando saber qual palavra usar. É saudade e não faço idéia de quê. Se eu tirasse o acento do 'quê' ficaria muito Padre Pluche com as orações. Caquinha! Falei besteira, lembrei besteira. Definitivamente, o Grande Ego ficou fora disso há muito tempo, logo não posso explicar. Talvez seja mais do que visceral, visual ou sentimental. Acho que é da providência divina, só tenho essa explicação para tão pouca clemência com meus pés.
Tudo costumava ser muito bonito, mesmo. E nem era tão bonito assim, enfeitado e afetado; só era bonito e leve. Eu era a que precisava menos, sempre fui. Grandes erros da soberba descomedida, do desapego e indiferença exacerbados. Pura hýbris. Sem a kléos, claro. Remoendo aqui no pc achei um vídeo que fiz de presente de aniversário pra Mayzóca. O meu olhar era mais brando, como é fim de semestre e por si só já sou naturalmente arrasada eles estão, hmm, não sei. Só estão colados no rosto. Hmm, aqui o vídeo:

Por fim, a vida não anda fácil. Limite? Talvez. Cansei dessa liberdade ilusória, eu preciso de caminhos de verdade e não ficar traçando minha vida aqui, sentada, levantando de vez em quando, acendendo um cigarro. Enquanto meus olhos não voltam eu espero eles aqui, abarrotada de saudade. Até o céu.

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