"Meras tentativas nós. Mas doces." (C. F. Abreu)
Você só falava anencefalias. Você costumava morrer de rir de tudo o que eu dizia, ou seja, eu sentia que não era apenas uma intelectobostinha cheia de sarcasmos. Você brigava por tudo: pelo meu time ter ganho do seu, por ciúmes do Fabz e tudo o mais. Você sempre foi um bebê chorão, quase um menino-moça.
Você acendia cigarros da marca que eu fumava só para tentar aparecer para mim. Você odiava a gramática, porque sabia que nunca ia escrever como eu. Você me fez querer ter uma família: sete filhos e um carro do comercial da televisão ("A primeira tem que ser uma menina bem sapeca, Ana!"); e só Deus sabe porque eu achava aquilo tão bonito.
Você morria de vontade de berrar aos céus o quanto me amava, mas ficava receoso de que eu o achasse um pândego. Você reclinava a cabeça no ônibus e pensava numa forma de me abraçar logo, e disfarçava o choro, para que o passageiro ao lado não te achasse um maricas. Você fez com que o foco deste blog fosse de mim para você, parabéns!, conseguiu por um minuto quebrar meu egocentrismo. Você dizia que eu era a mulher da sua vida, um sonho e pior: ainda o diz. Você não acreditou nem por um momento que eu fosse capaz de qualquer ato sórdido, mas quis crer, talvez assim conseguisse me esquecer. Anyway, você ainda é um fenilcetonúrico após a ingestão de muito aspartame.
2 Kommentare:
Ai Dus, eu sempre acho que voce esta prestes a fazer loucuras quando eu leio esse tipo de post.
Nao morre, egua! Tens que vir no meu casorio antes, ok.
♥
Nao morre, egua! Tens que vir no meu casorio antes, ok. //²
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